Perspectiva histórica da prática e da pesquisa em leitura

 

Perspectiva histórica da prática e pesquisa em leitura

Principais características

Principais teorias

Principais resultados

Visões rivais

A era da aprendizagem condicionada (1950-1965

Aprendizagem baseada no comportamento;

Divisão dos processos e das atividades envolvidos na leitura;

Repetição de estímulos ambientais.

 

 

 

Behaviorismo de Skinner (1974).

 

Leitura como habilidade perceptiva;

Instrução fonética como parte da base lógica para a prática de leitura;

Treinamento individualizado.

Introspecção e autoquestionamento de William James (1890);

Teoria da Gestalt (WERTHEIMER, 1945/1959).

A era da aprendizagem natural (1966-1975)

Aprendizagem como um processo natural;

Desenvolvimento da linguagem por meio de uso significativo;

Atenção para a mente humana e para longe do ambiente;

Capacidade de aprendizagem da leitura como inerente.

 

Aprendizagem natural Chomsky (1957, 1998, 2002).

União de todas as formas de aquisição e uso da linguagem;

Investigações sobre as estruturas mentais;

Foco nas interpretações alternativas de um texto escrito.

Estruturas e processos internos da mente como relevantes também para o desenvolvimento de máquinas inteligentes (FODOR, 2001), (ALEXANDER, 2003);

Não unificação de todas as formas de aquisição e desempenho da linguagem (CHASE & SIMON, 1973).

A era do processamento de informações (1976-1985)

Pouca consideração pelo inato ou naturalidade da leitura e pouco interesse pela fusão dos campos da alfabetização;

A linguagem humana como uma interação entre o sistema de símbolos e a mente.

Psicologia cognitiva (PEARSON & STEPHENS, 1994).

Teoria do processamento de informações 

(ANDERSON, 1977).

Construção do conhecimento prévio e sua poderosa influência na aprendizagem baseada em texto dos alunos;

Infinidade de construções relacionadas à cognição;

Foco na mente individual.

Smith (1985) com sua visão mais naturalista e holística da leitura;

Preocupação crescente com a estética da leitura sobre o racional (ROSENBLATT, 1978/1994).

A era da aprendizagem sociocultural (1986-1995)

Captura do entendimento compartilhado de muitos, ao invés do conhecimento privado de um;

Descrição das “formas de conhecer” exclusivas de determinados grupos sociais;

Aprendizagem como uma experiência sociocultural colaborativa.

Aprendizagem sociocultural (ALEXANDER, 1996; REYNOLDS et al., 1996)

(BROWN & CAMPIONE, 1990).

Sofisticação cada vez maior da concepção de conhecimento;

Reconciliação de conhecimento escolarizado e não escolarizado;

O conhecimento de alguém nem sempre era uma força positiva no aprendizado e desenvolvimento subsequentes;

Investigação da condicionalidade do conhecimento.

Importância relativa atribuída ao contexto ou às interações sociais (SFARD, 1998);

O conhecimento estaria

presente quando os alunos estivessem socialmente engajados em discussões ou atividades de

aprendizagem colaborativa (SFARD, 1998).

A era da aprendizagem engajada (1996-presente)

A leitura se estende a materiais não lineares, interativos, dinâmicos e visualmente complexos transmitidos por meio de mídia audiovisual;

Os alunos são mais do que receptáculos passivos de informação. Eles são participantes ativos e obstinados na construção do conhecimento;

Interesse reavivado pelo processamento estratégico.

Hipermídia e discurso (ALEXANDER & JETTON, 2003);

Perspectiva sócio-cognitiva (PINTRICH & SCHUNK, 2001).

Complexidade e natureza multidimensional da leitura;

Noções de que a leitura é cognitiva, estética, ou de natureza sociocultural são deixadas de lado;

Os alunos encontram uma variedade de materiais textuais, tradicionais e alternativos, que devem se refletir no ambiente de aprendizagem.

 

Aprendizado como recondicionamento; (FOORMAN, FRANCIS, FLETCHER, SCHATSCHNEIDER, & MEHTA,

1998).

Padrões neurobiológicos ou fisiológicos específicos relacionados a resultados de leitura específicos ou condições documentadas (PUGH et al., 1997; SHAYWITZ, FLETCHER, HOLAHAN e SHAYWITZ, 1992).

 

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